quinta-feira, 27 de outubro de 2011

HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO TOCANTINS.

No Tocantins, a modernidade convive em total harmonia com as tradições. Ao mesmo tempo em que a capital do estado, Palmas, é a ultima cidade brasileira planejada do século 20, recebendo como moradores pessoas de todo o país, existe no Tocantins uma população aproximada de 10 mil indígenas. Todos com cultura e tradições muito bem preservadas.
São indígenas de sete etnias: Karajá, Xambioá, Javaé (que formam o povo Iny) e os Xerente, Krahô Canela, Apinajè e Pankararú. Eles se distribuem em mais de 82 aldeias, em municípios de todas as regiões do Estado.
Dependendo das peculiaridades e habilidades de cada etnia, os indígenas do Tocantins chamam a atenção pela beleza do artesanato que fazem, pelas pinturas e adornos que enfeitam seus corpos nas festas e rituais ou pela própria simbologia destes eventos seculares.
Povo Iny - Karajá, Xambioá e Javaé
Após longos períodos de migração devido as invasões de seu território e aos confrontos com outras etnias, o povo Iny (Karajá, Karajá/Xambioá e Javaé) se firmou na Ilha do Bananal (os Karajá e Javaé, em aldeias distintas) e no município de Xambioá (os Karajá/Xambioá).
Os indígenas que formam o Povo Iny falam a mesma língua, possuem os mesmos costumes e se identificam uns com os outros como parentes. Embora geograficamente separados, pertencem aos mesmos antepassados.
A característica desse povo é pertencer ao tronco lingüístico Macro-Jê, família e língua Karajá, e por ter a coleta, a pesca e a agricultura como atividades.
O povo Iny organiza-se em famílias extensas que incluem, além da família nuclear, genros e netos. São essencialmente pescadores e sempre viveram do que o rio lhes oferece. Embora hoje tenham suas casas permanentes em cima das barrancas do rio, durante o período da estiagem, passam a maior parte do tempo nas praias, pescando e coletando. Quando chegam as chuvas, dedicam-se às atividades agrícolas. Cada família tem o seu roçado e cultiva mandioca, banana, cana-de-açúcar, milho, batata-doce, cará e arroz.
O iny é excelente artesão da arte plumária (confecção de haretôs, colares, brincos, braçadeiras e tornozeleiras), cerâmica (potes, pratos, tigelas e bonecas ornamentais - ritxokò ) e de cestaria, que serve para transporte e armazanamento de mantimentos.

Xerente
Vivem na margem direita do rio Tocantins, próximos à cidade de Tocantínia, nas reservas indígenas Xerente e Funil (que somam 183.542 hectares de área demarcada). Os Xerente também pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê.
Os Xerente contam atualmente com uma população de quase 1.800 pessoas distribuídas em 33 aldeias.
Os 250 anos de contato dos Xerente com não-indígenas não afetaram sua identidade étnica. As rápidas e intensas transformações sociais, políticas e econômicas que atingem a região na qual residem têm proporcionado a esse povo, não sem dificuldades, uma participação ativa nos processos decisórios que os envolvem.
Hábeis no artesanato em trançado, com a palha de babaçu e a seda do buriti eles produzem cestas, balaios, bolsas, esteiras e enfeites para o corpo.
Festas: Festa de dar nomes – Wakê; Homenagem aos mortos – Kuprê; Padi – tamanduá bandeira; Corrida de toras de buriti; Feira de Sementes do Cerrado.

Krahô

Vivem em aldeias de estrutura circular, com habitações em torno de uma área vazia. Neste pátio central (ou Ka), que representa o coração da aldeia, eles se reúnem para dividir o trabalho e tomar as decisões da comunidade.
Suas aldeias se localizam próximas aos municípios de Itacajá e Goiatins, no nordeste do Estado, em reserva de 302.533 hectares e uma população aproximada de 830 habitantes. Também pertencem ao tronco Macro-Jê.
A divisão de trabalho na aldeia é feita pela separação de sexo e idade. Os homens cuidam da agricultura e das atividades guerreiras, caçam e pescam. Os caçadores, para serem bem-sucedidos, além de observar os locais e ocasiões propícias para a caçada, devem conhecer bem os hábitos dos animais para melhor procurá-los ou esperá-los. Também são utilizados recursos místicos. As mulheres fazem a coleta, plantam e cuidam da casa. As crianças imitam os adultos do mesmo sexo e os velhos são representantes da tradição, conselheiros e sábios.
Os Krahô possuem como símbolo sagrado uma machadinha de pedra, que chamam de Khoyré e acreditam ser responsável por manter a harmonia e o respeito dentro da comunidade. Mantêm a tradição da corrida de toras de buriti. No artesanato, são hábeis em fazer trançados e artefatos de sementes nativas.
Festas: Festa da Batata (Panti - celebra a colheita e é realizada durante o verão); Festa do Milho (pônhê – também celebra a colheita); Festa wythô; Empenação das Crianças, Feira da Semente e Corrida de Toras (com participação de homens e mulheres que correm com toras de buriti especialmente preparadas para cada tipo de festa).

Krahô-Canela

Este povo assim se auto-identifica como Krahô–Canela por ser descendente de duas etnias distintas: Krahô e Canela, do povo Timbira (tronco Macro-Jê), originárias do Maranhão. Atualmente os Krahô-Canela estão em processo ocupação das terras de mata alagada, no município de Lagoa da Confusão, ao mesmo tempo em que se dedicam ao resgate de sua cultura

Apinajé
Vivem na região Norte do Estado, em área de reserva que abrange parte dos municípios de Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e Lagoa de São Bento, somando 141.904 hectares em sete aldeias. Também pertencem ao tronco lingüístico Macro-Jê.
Os Apinajé sobrevivem da agricultura de subsistência, da caça e da coleta de babaçu - do qual extraem o óleo das amêndoas e aproveitam a palha para fabricar utensílios domésticos e fazer a coberturas de suas casas. As cascas do babaçu são utilizadas como lenha para cozinhar.
Tradicionalmente, plantam milho, mandioca, amendoim, feijão, batata-doce e inhame e coletam andu, pequi, buriti, bacaba, bacuri, babaçu, açaí, murici, tucum e palmito, que complementam a alimentação.
Também produzem artesanato de sementes nativas do cerrado e das peças feitas em palha de babaçu, que comercializam nas cidades vizinhas.
Os primeiros registros do povo Apinajé, na região onde vive hoje, vêm do ano de 1774. Em 1780, foi criado o primeiro posto militar em Alcobaça para tentar conter os Apinajés, que eram conhecidos como grandes guerreiros, os poderosos índios da região Norte. O avanço da colonização sobre as terras dos Apinayés teve início em 1797, com a tentativa do governo de incentivar o povoamento da região.
Festas: Ritual de homenagem aos morto – Párkape e Ritual para retorno do espírito do doente ao corpo – Mêkaprî
Pankararu
Localizados no município de Gurupi, terceira maior cidade do Tocantins, os Pankararu são originários do sertão de Pernambuco, aldeia Brejo dos Padres. Há mais de 30 anos migraram para o antigo norte goiano, expulsos pela ação dos posseiros.
Reconhecidos recentemente pela Funai, os Pankararu estão vivendo o processo de criação da sua reserva indígena e o resgate do ritual “o encantado”.

HISTÓRIA RODOVIA BELÉM- BRASÍLIA.

A rodovia Belém-Brasília foi um projeto audacioso para ligar o Norte ao resto do Brasil

Antes da Belém-Brasília, o Pará estava isolado do resto do País. Para se ter uma idéia, para se chegar a Belém, só por via aérea ou marítima. Outra opção, a mais penosa, seria via terrestre, através de picada aberta na mata, partindo do Maranhão, seguindo a região costeira, passando por Santa Helena, Viseu, Bragança e chegando à capital paraense através da região do Salgado. Por esta rota também vinham rebanhos de outras regiões.

Muitos obstáculos desafiaram JK na empreitada da construção da rodovia no trecho que cortaria a selva amazônica. Entre eles, além do alto custo, a presença de índios, animais selvagens e doenças tropicais ameaçavam a continuidade do projeto. No ano de 1959, um decreto assinado pelo presidente previa a construção da Belém-Brasília, sendo encarregado para a tarefa o engenheiro Bernardo Sayão.
Pela lei que previa também a construção da nova capital federal, uma rede de rodovias ligaria a sede do governo às demais regiões do Brasil. Seriam elas a Brasília-Rio de Janeiro (hoje rodovia Juscelino Kubitscheck), Brasília-São-Paulo (atual via Anhanguera), Brasília-Livramento, Brasília-Fortaleza, Brasília-Acre e Brasília-Belém ou Belém-Brasília.

Para o projeto foram criadas duas frentes de serviço: de Brasília até determinado ponto e de Belém até o mesmo local, onde aconteceria o encontro das duas partes da estrada. O lugar é conhecido hoje como Ligação do Pará, situado entre os municípios de Ulianópolis e Dom Eliseu. A maioria dos fatos envolvendo o desbravamento da região está registrada no livro “Paragominas - A Realidade do Pioneirismo”, da historiadora Gláucia Ligia Rabello Leal.

A Belém-Brasília, com 2.772 km, dos quais 450 dentro da selva amazônica, corta os Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. Inaugurada em 1960, a rodovia não pôde ser contemplada pelo autor da obra, Bernardo Sayão, que morreu em 15 de janeiro de 1959, vitimado pela queda de uma árvore gigantesca dentro de um alojamento na Vila Ligação, em Ulianópolis.

CARAVANA

Em
abril de 1960 partiu de Belém, já pela nova estrada, a “Caravana da Integração”, composta por caminhões, ônibus e veículos menores transportando políticos e jornalistas para assistirem à inauguração de Brasília. Hoje identificada por diferentes siglas, anteriormente a Belém-Brasília era conhecida como BR-014.
A cidade de Paragominas, como outras, nasceu em função da rodovia, que antes passava dentro da cidade, mas hoje está separada do município por doze quilômetros de estrada.

Quando seus pioneiros chegaram, na verdade já traziam um mapa da região, demarcando o local exato da construção do município. Dentre os fundadores de Paragominas, destacam-se Célio Rezende Miranda, idealizador da cidade, natural da cidade de Patrocínio (MG), e seus dois assessores diretos, Eliel Pereira Faustino e Manoel Alves de Lima.

Célio Miranda se destacou pela coragem, construindo Paragominas com recursos próprios e com a venda das glebas de terras para aqueles que pretendiam fixar-se na região, criando várias fazendas, atestadas através de documentos, sendo que o dinheiro era empregado na construção da cidade, uma vez que não recebia incentivo dos governos estadual e federal.

A idéia de construir a cidade surgiu em 1958, quando o jornalista Onofre Rezende de Miranda soube dos planos de JK para construir a Belém-Brasília. Em conversa com o presidente, Onofre indicou o irmão, Célio Miranda, que sonhava com a colonização da região às margens da rodovia.

Célio sempre ouvira falar das imensas riquezas do Pará, de suas matas inexploradas e do clima propício para a agropecuária. Depois de uma viagem ao Estado, concluiu que para fazer a colonização era preciso constituir uma população no local, fato que só seria possível com a criação de uma cidade.

Em setembro de 1958, Célio foi ao encontro do presidente, obtendo autorização para desbravar a região. Entusiasmado com a vontade do mineiro, JK entregou-lhe um documento que deveria ser repassado ao então governador do Pará, Magalhães Barata, solicitando ao governo paraense que cedesse glebas de terra ao desbravador. O presidente acreditava que apoiando os projetos de Célio Miranda povoaria a região e evitaria a invasão da área por grupos estrangeiros.

Em Goiás, com o aval de JK e Magalhães Barata, Célio Miranda saiu à procura de investidores que se interessassem em possuir terras e constituir fazendas no Pará.

Em 1958, o mineiro Severino José Guimarães conseguiu junto a Célio Miranda 15 glebas no Pará, a fim de serem vendidas. Precisando fornecer informações precisas aos interessados, Severino Guimarães partiu de Uberlândia até o Pará, de avião, no dia 24 de dezembro de 1958, pernoitando em Brasília, chegando a Belém no dia seguinte. Dia 28 embarcou em um caminhão rumo a São Miguel do Guamá. No dia 29, outro caminhão o conduziu até o Km 75. Dali em diante não havia mais estradas. Depois de sobrevoar a região, o mineiro retornou para Uberlândia eufórico com tudo o que viu em terras paraenses.

Aventura durou duas semanas

Antes do término da Belém-Brasília, em 1958, a família Uliana, uma das pioneiras da região sudeste do Pará, já exercia atividade comercial no Estado e estava à procura de terras para se instalar. Os primeiros a chegar na região de Paragominas, no Gurupizinho, hoje município de Ulianópolis, foram Elias e Zandino Uliana, sendo que Elias trabalhou com a equipe de Célio Miranda na demarcação da cidade. Dois anos depois, outros integrantes da família vieram, entre eles Camilo Uliana, que exercia carreira política no Espírito Santo e foi prefeito de Paragominas.

Neste mesmo ano, o patriarca da família, Giácomo Uliana, demarcou suas terras, juntamente com seus filhos. Os Uliana trabalharam unidos até o ano de 1965, quando o patriarca fez a partilha da herança entre os filhos, que passaram a administrar individualmente suas partes. Recentemente, a matriarca da família, Joana Uliana, faleceu aos 107 anos. Conforme relato dos irmãos Camilo e Zandino Uliana, a família viajou do Espírito Santo ao Pará de caminhão, numa verdadeira aventura.

A viagem durou cerca de 16 dias. Camilo lembra que viajavam cerca de 18 horas por dia e dormiam dentro do caminhão pau-de-arara, onde transportavam a cozinha e toda a mudança. Zandino ressaltou que a viagem só era interrompida para refeições, banho, lavagem de roupas e abastecimento de água e lenha.

Quando chegou ao Pará, a família investiu no plantio de arroz, pecuária e atividade madeireira. Antes parte integrante do município de Paragominas, a localidade denominada Gurupizinho, hoje Ulianópolis, recebeu este nome em homenagem à família Uliana, que desbravou a região. Muitos integrantes ainda residem no município, entre eles os irmãos Camilo e Zandino.

Uma odisséia pelo rio Araguaia

Formada por um agrimensor, quatro topógrafos, um motorista, um piloto de barco e cinco auxiliares, a “Caravana Desbravadora”, que contava com Vicente Gomes Machado, Altair Gomes Silva, José Porto, Mário de Souza, Abadio, Antonio Escórcio Sobrinho, Clóvis (piloto do barco), José Vaz (motorista), Severino José Guimarães, Alceu José Guimarães e Manoel Alves de Lima, partiu num caminhão fretado no dia 10 de abril de 1959 rumo ao Pará. A viagem durou 45 dias, marcadas por várias dificuldades, entre elas os grandes atoleiros da estrada, o que obrigava os membros da caravana a descarregar o caminhão para retirar o peso e vencer o obstáculo.

No dia 13 de abril, os desbravadores, após passagem penosa por serras, atoleiros e chapadões, finalmente chegaram a Arauanã, a 200 Km de Goânia, às margens do rio Araguaia. O caminhão foi descarregado e a viagem prosseguiu através do rio Araguia, que nasce em Goiás, na Serra do Caiapó, e deságua no rio Tocantins, no Pará. A equipe seguiu então para Santa Izabel, no barco “Carajás”, onde encontrariam a embarcação “Bitiá”, que os levaria até Conceição do Araguaia.

Enfrentando grandes dificuldades e obstáculos, entre eles cachoeiras, perigos da selva, hostilidade local e falta de dinheiro, a caravana chegou em Belém no dia 17 de maio de 1959, sem dinheiro sequer para comer. No dia 19 de maio, Célio Miranda chegou a Belém e encontrou os membros da caravana, levando-os para jantar no melhor restaurante da cidade, que na época funcionava no Hotel Central.

Dali em diante, uma parte da caravana partiu de Belém, através do rio Guamá, subindo em seguida o rio Capim até um lugar denominado Fronteira (posto de fiscalização do Estado). Ali ficaram até a reorganização da expedição. Em seguida, todas as providências foram tomadas para juntar 80 homens para trabalhar no lugar onde começaria o Picadão da Belém-Brasília.

Passo a passo, derrubando árvores, eles iam penetrando floresta adentro, enfrentando o cansaço e a fadiga. Tudo foi feito com instrumentos primitivos. Como a nova cidade precisava de um nome, Célio Miranda, em reunião com os pioneiros, optou por batizá-la como Paragominas, uma homenagem às terras pertencentes ao Pará e aos colonizadores, oriundos de Goiás e Minas Gerais.

Não foram poucas as dificuldades enfrentadas pelos desbravadores. Lentamente, a grande clareira, aberta pelo desmatamento, começou a mudar de forma e dar lugar a rústicos barracos e cabanas. Uma vila começava a tomar forma. Na época, um contratempo por pouco não impediu a continuidade do projeto. O governo do Pará não via com bons olhos o surgimento de Paragominas, alegando, entre outras coisas, problemas militares.

Em 23 de janeiro de 1961 foi lançada a pedra fundamental do futuro município,com uma missa que abençoou a nova “Vila de Paragominas”, hoje um dos mais importantes municípios do Pará.

domingo, 9 de outubro de 2011

HISTÓRIA DE ARAGUAÍNA- TO

Foram os silvícolas da tribo dos Carajás os primitivos habitantes da vasta região de ricas terras e luxuriante floresta compreendida entre os rios Andorinhas e Lontras, afluentes da margem direita do caudaloso Rio Araguaia. Essa extensa área constituiria mais tarde a maior parte do atual município de Araguaína. Os remanescentes dos Índios Carajás ainda habitam as margens do Rio Araguaia, numa pequena reserva sob a orientação da Fundação Nacional do Índio - FUNAI.

O início do desbravamento do município ocorreu no ano de 1876, com a chegada de João Batista da Silva e família, procedentes de Paranaguá, Estado do Piauí. A família estabeleceu-se à margem direita do rio Lontra, em local que denominaram "livre-nos Deus", nome que expressava o temor permanente de ataque de índios e animais selvagens que habitavam a primitiva região. O primeiro desbravador da região trouxe em sua companhia sua esposa, Rosalina de Jesus Batista e seus filhos do primeiro matrimônio/ do segundo casamento vieram 10 filhos entre os quais, Tomáz Batista, na época com nove anos de idasde, ao qual muitos atribuem, erroneamente, a fundação do município. Poucos meses após a chegada da primeira família, ainda no mesmo ano, outras começaram a chegar e foram fixando-se no mesmo local formando um povoado ao qual denominaram Lontra, por localizar-se à margem do rio do mesmo nome.

Os primeiros colonizadores dedicaram-se inicialmente ao cultivo de cereais para subsistência, e com objetivos mais lucrativos, iniciaram a implantação da cultura do café, como atividade predominante. Essa cultura foi abandonada posteriormente por dificuldades de escoamento da produção, decorrente da ausência total de vias terrestres para transporte.

O povoado Lontra pertenceu inicialmente ao município de São Vicente do Araguaia, atual Araguatins; anos mais tarde, o povoado Lontra passou a pertencer ao município de Boa Vista do Tocantins, hoje Tocantinópolis. Em razão do isolamento imposto pela ausência de estradas, condições geográficas e insalubridasde do clima, o povoado passou por um longo período de estagnação, que durou até o ano de 1925, quando chegaram as famílias de Manuel Barreiro, João Brito, Guilhermino Leal e José Lira.

As famílias recém-chegadas injetaram novo entusiasmo aos antigos povoadores. Sob a liderança dessas famílias foi erigido no povoado, no mesmo ano, o primeiro templo católico dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. A primeira professora nomeada para o povoado, foi Josefa Dias da Silva. Em 1936 chega o primeiro destacamento policial.

Com a criação do município de filadélfia, pela Lei Estadual nº 154 de 8 de outubro de 1948, cuja instação ocorreu em 1º de janeiro de 1949, o povoado Lontra passou a integrar-lhe. No mesmo ano sua denominação foi mudada para Povoado Araguaína, nome cuja etnologia provém de araguaia, em homenagem ao rio Araguaia, que serviria posteriormente de limite entre o município de Araguaína e o município de Conceição do Araguaia, Estado do Pará.

Pela Lei Municipal nº 86 de 30 de setembro de 1953, o povoado Araguaína foi transformado em distrito com a denominação. Sua instalação ocorreu em 1º de janeiro de 1954. Em 5 de maio de 1957 foi criada a Paróquia de Araguaína sendo designado o Padre Pacífico Mecozzi.

Pela necessidade natural de um maior desenvolvimento da região, inicia-se o processo que culminaria com a criação do município de Araguaína. A Lei Municipal nº 52 de 20 de julho de 1958, autorizou o desmembramento do distrito de Araguaína, fixando-lhe os limites.
Finalmente a 14 de novembro de 1958, pela Lei Estadual nº 2.125, foi criado o Município de Araguaína, tendo sido instalado oficialmente em 1º de janeiro de 1959. Foi nomeado como primeiro prefeito Casimiro Ferreira Soares, que foi exoneado em 3 de outubro de 1960, sendo substituído por Henrique Ferreira de Oliveira.

Ainda na mesma data foram realizadas as primeiras eleições municipais, sendo eleito para prefeito municipal o Sr. Anatólio Dias Carneiro, para vice-prefeito Sr. Raimundo Falcão Coelho.

O autêntico desenvolvimento econômico-social do município começou na realidade a partir de 1960, com a construção da rodovia Belém-Brasília. No período de 1960 a 1975, Araguaína atingiu um estágio de desenvolvimento sem precedentes na história do Estado de Goiás. A repercussão desse desenvolvimento ultrapassou fronteiras do Estado e do País, despertando interesse até no exterior. Sobre o fenômeno escreveu o sociólogo americano Thomaz G. Sanders, em estudo publicado na revista Fieldstaff Reports, vol XV, nº 2, editada pela Americam Universities Field Staff.
Araguaína era a quarta maior cidade do Estado de Goiás, de 1980 a 1986, perdendo somente para Luziânia, Anápolis e Goiânia. Com a criação do estado de Tocanitns em 1989, Araguaína tornou-se a maior cidade do Estado e pretensa capital do Estado que estava nascendo, não foi escolhida devido a fatores geográficos, sociais e políticos, mas ganhou o carinhoso título de Capital Econômica do Estado, sendo atualmente a principal força econômica do Estado.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

CORREIOS


Criado em 1969, sendo o primeiro posto de correio em caráter extra-oficial que realizava um sistema de postagem simples (cartas simples), funcionando inicialmente na prefeitura, tendo como funcionaria Izabel Milhomem. O transporte das malas postais era feito pelo Sr. Francisco Luz, em Jeep, com destino a Carolina-MA, de onde seguia por via aérea, para os seus respectivos destinos. Sendo oficialmente instalada em 1972, posteriormente elevado a Agencia Postal Radio Telegráfica, cuja instalação foi efetuada em 05 de abril do mesmo ano, e em espaço cedido pelo município na Praça das Nações, sob a jurisdição da Diretoria Regional do Pará. Em 08 de maio de 1973, sob a gerência da senhorita Lúcia Godói, a mesma agência foi transferida para sua sede própria, construída em terreno doado pela prefeitura. Com a instalação da agência, os serviços postais passaram a ser diretos, não mais via Carolina, e em 23 de abril de 1974, assume a gerência o Sr. José Maria Brito, que veio transferido da agência de Carolina-MA. Atualmente, além da sede própria, existe espalhado pelo município duas agências para melhor prestar os serviços a comunidade, uma localizada na estação rodoviária de Araguaína e a outra na Galeria Queiroz Lima.

CINEMA

A implantação do primeiro cinema em Araguaína ocorreu em dezembro de 1960, com o nome de Cine Luz, localizado na av. Castelo Branco nº 215, sendo seu proprietário o Sr. Carlos Oliveira da Luz. Surgindo depois o Cine Natal, localizado na Praça das Nações. Ambos foram desativados em março de 1979, em consequência da instalação da rede de televisão e da crise do cinema a nível mundial.

TELEVISÃO

O sistema de televisão e rádio em Araguaína foi implantado na década de 70, sendo a Televisão e Rádio Anhanguera a pioneira, a qual pertence à Organização Jaime Câmara, tendo como gerente geral o Dr. Agnaldo Borges Pinto, que exerceu esta atividade até o seu falecimento em 24 de agosto de 1996, num período de 20 anos.

O sistema de rádio, a partir de 1988, além da rádio AM, passou a funcionar também a Rádio Araguaia FM. Ambas gerenciadas atualmente por Ciyfarney Gonçalves Caetano, contando com 40 funcionários.

Mais tarde em 1989 surgiu a TV Araguaína e Rádio Tocantins FM, de propriedade do Sr. Benedito Vicente Ferreira, falecido recentemente, conta com 20 funcionários diretos e indiretos.

Além dessas, Araguaína conta hoje com a TV Cultura, TV Rio Lontra-CNT e TV Javaés-Bandeirantes. Encontra-se em fase de instalação a TV Record no setor de telecomunicações da cidade além de estar em fase experimental a Rádio Cidade FM. Atualmente Araguaína possui três programas locais e diários de jornalismo.

Principais jornais da cidade: O Progresso e O Comércio com tiragem semanal, Jornal da Sociedade Médica de Araguaína e o Jornal da ACIARA.

Principais jornais do estado: Jornal do Tocantins com tiragem diária e O Popular.

TRANSPORTE

A localização geográfica de Araguaína possibilitou sua integração com todas as regiões do país para circulação de pessoas e mercadorias através de transporte aéreo e terrestre, contando com estradas federais, estaduais e municipais.

Com referência a via aérea, a cidade dispõe de um aeroporto com capacidade para pouso e decolagem de aeronaves de grande porte. O 1º aeroporto foi construído no local onde hoje é a Vila Aliança, o 2º aeroporto, próximo ao Terminal Rodoviário e o atual se encontra no Setor Aeroporto, próximo ao Bairro de Fátima, denominado Aeroporto Internacional de Araguaína.

A primeira agência de vendas de passagens criada em 1963 numa sala do hotel São Vicente, na Rua Cônego João Lima que atendia as primeiras empresas interestaduais que por aqui trafegavam como Expresso Braga, Rápido Marajó e Viação Jussara.

O transporte coletivo de Araguaína é feito pela Viação Lontra, pioneira na cidade há 29 anos.

OS PIONEIROS

Primeiro Prefeito Nomeado - Cassimiro Soares
Primeiras Ruas de Araguaína - Rua das Mangueiras, Av. Cônego João Lima, Rua 1º de Janeiro e Rua Sousa Porto;
Primeiro Batalhão de Policia Militar - Av. Castelo Branco, esquina com a Rua Rodoviária;
Primeiro Ponto de Taxi - Av. Cônego João Lima, esquina com a Rua Santa Cruz;
Primeiro Campo de Futebol - Proximidades da Vila Aliança;
Primeira Farmácia - Farmácia do Sr. Raimundo Coelho, na esquina da Rua Sousa Porto com a atual Falcão Coelho;
Primeiro Médico - Dr. Simon Lutz
Primeiro Açougue - Açougue do Sr. Félix Rozeno, na Rua Sousa Porto;
Primeiro Comerciante - Casimiro Ferreira Soares;
Primeiro Padre - Quinto Tonim;
Primeira Mulher Eleita Vereadora - Enerina Rodrigues Cardoso;
Primeiro Fotografo - Didacio Dias da Costa;
Primeiro Delegado - Raimundo Lira;
Primeiro Comandante da Policia Militar - Coronel Benedito Silva Sousa;
Primeiro Juiz de Direito Nomeado para a Comarca de Araguaína - Dr. Vitor Barbosa Lenza;
Primeira Industria - Industria de extração de óleo de babaçu Dona Dirce , (1961), passando em 1962 a pertencer ao grupo Boa Sorte;
Primeiro Hotel - Hotel Barroso ( atual Estrela Dalva), na Rua 1º de Janeiro próximo a praça das Bandeiras;
Primeiro Bar - Bar do Sr. Zeca Carneiro, na esquina da Av. Cônego João Lima, com a Rua Sousa Porto;
Primeiro Cinema - Cine Luz, localizado na Av. Castelo Branco nº 215;
Primeira Emissora de Televisão - Televisão e Radio Anhanguera;
Primeira Radio AM - Televisão e Radio Anhanguera;
Primeira Radio FM - Televisão e Radio Anhanguera.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

FRASES MOTIVACIONAIS

Vamos começar os trabalhos do nosso blog com frases motivacionais. A motivação é extremamente importante na escola e fora dela. Lembrem-se que o sucesso ressai muito mais do esforço que do talento. O mundo está cheio de prósperos disciplinados e de gênios fracassados. Estudem com dedicação e afinco. Sejam donos do futuro de vocês!

Com amor,
Professora Rafaella.


“O fracasso jamais o surpreenderá se sua decisão de vencer for suficientemente forte” (Og Mandino).

”Nenhum de nós é tão esperto quanto todos nós” (Phil Condit).

“O que o homem superior procura está dentro dele mesmo; o que o homem medíocre procura está nos outros” (Françóis La Rochefoucauld).

 “O que você é ecoa em meus ouvidos com tanta força que não consigo ouvir o que você diz” (Emmerson).

 “Quando sou tentado a criticar, mordo a língua: quando sou levado a elogiar grito do alto dos telhados” (Og Mandino).

“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jesus Cristo).

“Vamos, dorminhoco: não desperdices a vida. Já vais ter muito que dormir na sepultura” (Benjamin Franklin).

“Um grande prazer na vida é fazer aquilo que as pessoas dizem que você não é capaz de fazer” (Walter Gagehot).

 “O sucesso vem do treinamento, da repetição. As pessoas de sucesso atreveram-se a repetir” (Marcos Favare).

“Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco” (Edmund Burke).

“Uma vela é capaz de acender outra vela sem perder a sua capacidade de iluminar. O conhecimento, quando para o bem, sempre deve ser compartilhado” (Wilton Jackson).

"Pessimista é aquela pessoa que reclama do barulho enquanto a oportunidade bate à porta" (Michel Levine).

“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário” (Albert Einstein).

“A cultura forma sábios; a educação, homens” (Louis Bonald).

“Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou” (Albert Einstein).

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” (Nelson Mandela).

“A educação é um seguro para a vida e um passaporte para a eternidade” (Antonio Guijarro).

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina).

“Observa o teu culto a família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua mãe e todos os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os homens” (Pitágoras).

“Acho que a televisão é muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para a outra sala e leio um livro” (Groucho Marx).

“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência” (Augusto Cury).

“Se tens metas para 1 ano, plante arroz.
Se tens metas para 10 anos, plante uma árvore.
Se tens metas para 100 anos, eduque uma criança.
Se tens metas para 1000 anos, PRESERVE O MEIO AMBIENTE” (Confúcio).